Educação: Educação Alimentar e nutricional no Brasil (2º bimestre).
Educação
Alimentar e nutricional no Brasil
1- Por
que a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é importante no Brasil?
Você
sabia que a educação alimentar e nutricional no Brasil fundamenta-se no
princípio do direito humano à alimentação segura? Esse direito está presente no
artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 bem como no
artigo 6º da Emenda Constitucional nº 64, de 2010, da Constituição Federal
brasileira.
Aqui
vai um trecho que ilustra bem o que foi dito anteriormente:
“Art. 6º São
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância,
a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Além
disso, em 2003, o Governo Federal assumiu um compromisso com a população
brasileira quanto ao combate à fome e a miséria no país. No entanto, assim
como você deve estar pensando, na prática, esse direito não é garantido de
forma contínua.
Já que,
assim como mostra a citação, o direito à alimentação vai muito além do ato de
comer.
“O
direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de
todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para
garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas
formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a
alimentação deve ser adequada entende-se que ela seja adequada ao contexto e às
condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada
pessoa, etnia, cultura ou grupo social.” (CONTI, Irio L.)
E,
é exatamente neste contexto que a educação nutricional possui um papel
fundamental. Visando a construção de sujeitos que
reconheçam, tenham visão crítica e exijam seus direitos de cidadania
inerentes a alimentação.
2 –
Por onde devemos começar?
Afinal,
precisamos começar a falar de um assunto tão importante por algum lugar, não é?
E, já que estamos falando da construção de uma visão crítica, a educação
nutricional acaba adquirindo um papel relevante nas escolas de educação
infantil.
Isso
porque, as lancheiras dos pequenos recheadas de salgadinhos, bolachas e sucos
artificiais apenas refletem uma mudança de hábitos alimentares da população
brasileira. Vou explicar melhor, me acompanha!
2.1 – A presença dos
ultraprocessados
Os
alimentos citados anteriormente são chamados de ultraprocessados. E, estão cada
vez mais presentes no nosso cotidiano quando comparados aos in natura ou
minimamente processados.
No
entanto, o consumo destes alimentos não seguem as recomendações do guia
alimentar. Pois, causam diversos prejuízos à saúde como diabetes, hipertensão,
obesidade e síndrome metabólica e podem influenciar diretamente no
desenvolvimento infantil. Por esse motivo, é importante discutirmos isso nas
escolas e conscientizarmos as crianças.
Apesar
disso, essa substitução não é somente fruto de más escolhas do individuo mas é
condicionada por uma série de fatores. Assim, questões como a
praticidade e a presença de sabores que estimulem nosso paladar podem nos levar
a comprar e consumir tais produtos.
Enfim…acho
que deu para captar a mensagem, né? A presença da Educação Alimentar e
Nutricional nas escolas de educação infantil é uma importante aliada da
comunidade que circunda a criança.
Em
suma, a EAN ajuda na construção de conhecimento e estimula o pensamento
crítico. Como consequência disso, gera autonomia para que a criança possa
realizar escolhas saudáveis. Tudo isso porque ao longo do processo é trabalho
práticas de promoção da saúde:
“Promoção
da saúde é caracterizada pela “constatação” de que a saúde é produto de um
amplo espectro de fatores relacionados com a qualidade de vida, incluindo um
padrão adequado de alimentação e nutrição, de habitação e saneamento, boas
condições de trabalho e renda, oportunidades de educação ao longo de toda a
vida dos indivíduos e das comunidades” (Educação Alimentar e Nutricional |
Curso Preparatório EBSERH)
2.2 – Qual o benefício a longo
prazo?
A
Educação Alimentar e Nutricional, quando trabalhada na infância de modo
efetivo, reflete diretamente no bom relacionamento com o alimento que esta
criança terá no futuro quando adulta, perpetuando hábitos alimentares
saudáveis.
3 –
Quais pontos são trabalhados na Educação Alimentar e Nutricional infantil?
Bom,
que tal entendermos agora quais as habilidades desenvolvidas a partir dos
conhecimentos adquiridos da Educção Alimentar e Nutricional?
Antes
de tudo, a Educação Alimentar e Nutricional é baseada no modelo pedagógico
crítico em que o indivíduo é visto como figura central. Assim, ele é tanto
sujeito quanto ator de sua história alimentar e nutricional.
Não só
isso, existe também nesse processo uma horizontalização entre a criança e o
profissional envolvido. Logo, este não é visto como único detentor do
conhecimento existindo, portanto, uma troca mútua de saberes.
Com
isso, estabelece-se uma escuta ativa permitindo a criação de uma relação
próxima com o pequeno. Desse modo, é possível não só entender a trajetória
alimentar dessa criança mas também as questões envolvidas com o comer. Podendo
essas serem questões de gênero, socioeconômicas, culturais, religiosas,
afetivas etc.
“O
alimento pode significar, além da mera ingestão de nutrientes, o despertar de
sentimentos, vivências ou memórias. O cheiro de um café saindo quentinho poderá
remeter a lembranças, significa um cheiro marcante na vida humana” (TAVARES,
Adriano P.)
3.1 – Um olhar crítico sobre a
educação alimentar e nutricional
Outro
ponto fundamental é que esta criança conheça e amplie sua visão. Para começar,
uma reflexão importante pode ser sobre o caminho que o alimento faz para chegar
até nossa mesa. Afinal, o supermercado não é a única etapa de todo esse
processo.
Mas, e
quando ela vai ao supermercado junto com algum adulto. será que ela sabe
escolher os alimentos mais saudáveis? Além disso, como essa criança pode
ajudar em casa higienizando e armazenando esses alimentos da maneira
adequada?
Também
é importante refletir sobre como é trabalhado o paladar da criança. Pensando se
ela conhece as possibilidades de cores, aromas, texturas e sabores que uma
refeição pode adquirir quando fazemos as escolhas certas.
Visto
isso, essas reflexões são trabalhadas ao longo do processo de Educação
Alimentar e Nutricional em uma escola de educação infantil.
Talvez,
falar fique abstrato para você. Por isso, eu te convido a dar uma olhadinha na
nossa galeria de fotos. Vem entender os impactos do conhecimento nutricional na
vida de uma criança!
4- A
Educação Alimentar e Nutricional é só para o público infantil?
Não! A
educação alimentar e nutricional, também pode ser para jovens, adultos ou
idosos.
Para
entender a importância da EAN para essa faixa etária te convido para conhecer o
conceito de alimentação política:
“Uma alimentação
política implica um ato agrícola/agropecuário porque inclui a produção
de alimentos; um ato cultural porque carrega a noção de patrimônio alimentar;
ambiental porque é a partir de recursos da natureza que produzimos alimentos;
um ato ético porque os animais e plantas merecem uma existência digna; e social
porque ainda são homens e mulheres que produzem nossa comida. Entramos, assim,
no âmbito do que chamamos de “história por trás da comida”.” (AZEVEDO, Elaine
de)
Você já
tinha parado para pensar nessas coisas?
Sem
dúvida, esse trecho só deixa claro o quanto nunca é tarde para entendermos
sobre alimentação. Porque, a partir desses conhecimentos nos sentimos mais
preparados para fazermos as melhores escolhas.
4.1 – Conhecimento e habilidades
A partir disso, a abordagem sobre a alimentação
através de um olhar crítico é indispensável para esse público. Ademais, pode
ser que sua cabeça esteja agora cheia de quesionamentos:
“Será
que a base da minha alimentação atual é a mais adequada hoje?” “Como ela afeta
na minha produtividade no trabalho? E, na minha energia para realizar as
tarefas cotidianas?” “Será que alimentação e humor podem estar relacionados?”
“Como meu corpo vai envelhecer a patir da nutrição que disponibilizo para
ele?”
Mas
quero trazer mais um. Anteriormente, foi citado que um dos motivos para grande
parte da população substituir a “comida de verdade” pelos alimentos
ultraprocessados é a praticidade.
Entretanto,
será que eles realmente são mais práticos? Ou, será que podemos utilizar
ou desenvolver nossas habilidades culinárias de modo a agilizar o preparo das
nossas alimentações?
Você
acha que comida saudável é sem graça ou sem gosto? Hmm, será que você sabe
fazer combinações que deixem seu prato saboroso?
Bom, se
você ficou reflexivo com estes questionamentos e quer aprender mais sobre o
assunto, entre em contato com a gente!
Fonte: Nutri Junior
Comentário: A educação
alimentar é um assunto muito importante, porque isso determina muitos fatores
na saúde, no desenvolvimento das crianças, no bem estar e na disposição da
pessoa. Se não temos uma boa base alimentar a resto todo não funciona, e isso é
algo devemos aprender desde pequenos, pois assim é mais fácil de desenvolver o
habito de saudável crescemos sem ter a saúde comprometida pela má alimentação.
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